com pocos, pero doctos, libros juntos,
vivo en conversación com los difuntos
y escucho com mis ojos a los muertos"
Quevedo
O BRASIL PARA PRINCIPIANTES – PETER KELLEMEN
A crônica brasileira é um gênero que, analisado em sua revelação de costumes, pode se considerar situada entre a narrativa histórica e a literatura.
O ano era 1946. Um imigrante húngaro, decidido a fugir de seu país depois da II Guerra, consegue chegar a Paris onde busca visto de entrada na representação consular brasileira.
Sendo médico de profissão, o Cônsul atendeu-o perfeitamente, mas, ao perguntar se ele pretendia exercer a profissão no Brasil, e ante a resposta evasiva decidiu que ele deveria se registrar como agrônomo. O imigrante ficou desconcertado. Aquilo poderia ser uma cilada para que prestasse uma declaração falsa e depois tivesse o visto negado ou uma complicação maior se chegasse ao Brasil.
Relutou o quanto pôde, mas o Cônsul insistia para que entrasse no Brasil como agrônomo. Naquele pós-guerra, o Brasil calculava ter recebido 2 milhões entre refugiados e imigrantes voluntários das terras europeias, dispostos a começar vida nova no país das maravilhas.
Frente a hesitação do solicitante, o Cônsul percebeu o constrangimento e foi logo abrindo o jogo:
– “Meu filho, este negócio de agrônomo não vai ser problema. Assim que chegar, quando estiver no Brasil.....” tropeçou nas palavras porque, falando em inglês, não sabia dizer “você vai dar um jeito”. Pediu socorro a um auxiliar catarinense que também falava alemão e não conseguiu se explicar em inglês. Mas ao fim, o húngaro percebeu “que não se tratava de provocação, mas não sabia que acabara de falar com dois representantes de um povo onde as leis são reinterpretadas, onde regulamentos e instruções centrais do governo já são decretados com um cálculo prévio de percentagem em que serão cumpridas, onde o povo é um grande filtro das leis e os funcionários, pequenos ou poderosos, criam sua própria jurisprudência”.
E assim, promovido à agrônomo, o nosso médico conseguiu a promessa do visto de entrada no Brasil assim que conseguisse o atestado de vacina que deveria ser aplicada por um médico, perto do consulado. Por acaso era um francês que tinha morado vinte anos no Brasil e, para mais uma surpresa do húngaro, recomendou que não se vacinasse, fornecendo um atestado como se o tivesse feito. Era um mundo de perplexidades para o futuro imigrante húngaro, mas perguntando para o ilustre médico como tinha sido sua vida no Brasil, ele foi direto: – “Que país! Que mulheres! Não há nada no mundo comparável à carioca”. O candidato a imigrante recebeu a primeira lição: o que era uma carioca. E os conselhos começaram a brotar de forma a multiplicar sua perplexidade, pois o médico insistia para que ele chegando no Brasil, se preocupasse em entender as duas línguas vigentes que se falava no território.
– “Duas?”
– “Sim. O Português que é o idioma que se fala no Brasil... e depois, o código secreto”. O húngaro quase caiu para trás. “Se não conheces o código estás perdido. É uma coisa que liquida com os nervos e pode até acabar com a vida dos forasteiros. É falado em português mas precisa ser reinterpretado porque tem outro sentido. Varia de pessoa para pessoa e não tem tradução geral”.
Esta introdução serve de preparação para o leitor entender nas crônicas que se seguem qual é o Brasil que se aprende nas ruas e que funciona ao revés do que é propagado. Um Brasil real que não tem nada a ver com o Brasil oficial.
Para saber como as coisas funcionavam no Brasil é inútil buscar em livros de história. Somente a crônica e a literatura nos fornecem os costumes preciosos de um determinado momento, as vezes de pequena duração, outras que se arrastam por décadas. É o caso das linhas de bonde elétrico inauguradas em São Paulo no início do século XX. Para andar de bonde era necessário que o passageiro masculino estivesse portando gravata. Lobato conta que, tendo esquecido a gravata certo dia, ao lembrar-se levou imediatamente a mão ao pescoço para que não o convidassem a sair do bonde.
No final da construção do Viaduto do Chá, para amortizar o investimento, a Prefeitura terceirizou o serviço de exploração do viaduto que consistia em cobrar pedágio dos pedestres que pretendessem passar da Sé para a República. Quem não podia pagar era obrigado a descer o barranco do Anhangabaú e depois subir do outro lado. Este não é um fato isolado no mundo. Diversas pontes foram construídas em diferentes países com esse espírito de cobrança de pedágio na época, e todas elas acabaram sendo de livre circulação em consequência de revoltas populares.
Um dos depoimentos importantes do livro "O Brasil Para Principiantes" de Peter Kellemen, é relativo a situação dos telefones no Rio de Janeiro no tempo da exploração privada que antecedeu os anos 70.
Para entender o problema, basta saber como funcionavam os telefones na capital, coisa que já foi apagada da memória dos brasileiros, sujeitos a lavagem mental nacionalista e socialista. Já no Rio em 1947, depois de 6 meses, saindo do hotel com a intenção de alugar um apartamento com telefone, o imigrante deparou-se com uma charada: “aluga-se apartamento de dois quartos e uma sala, com telefone e sem luvas”.
Era o que ele queria. Seguem-se as peripécias para entender que raios eram as tais luvas e porque deveria pagar 35 mil cruzeiros pelo telefone. E mais, o telefone não podia ser transferido para o seu nome. Preocupado com um possível logro, procurou um contato com a comunidade húngara que lhe antecipou se tratar de um negócio perfeitamente normal, posto que o amigo já estava há sete anos na fila para receber um telefone no próprio nome. Porém, recomendou que deveria oferecer 15 mil cruzeiros, o que ao final da negociação, pagou 20 mil.
Mas se o telefone não podia ser registrado em seu nome, como ele iria fazer para que o achassem na lista telefônica? A solução foi colocar em seu cartão de apresentação o nome da inquilina que tinha lhe alugado o apartamento: “se quiserem localizar o meu número, procure na lista por Dona Adélia Brito”. E assim funcionava o telefone até mesmo para as inconvenientes chamadas de pessoas querendo falar com a própria Dona Adélia Brito. A partir de então, o autor explica como funcionava o sistema:
“A falta de telefone no Rio de Janeiro é explicável. A cidade cresceu e o serviço telefônico não conseguiu acompanhar esse rápido desenvolvimento. Porque não o conseguiu é outra questão, outro problema, provavelmente a história antiga das empresas particulares receberem concessões do governo; no início vai tudo bem, mas depois de alguns anos de lua-de-mel, o governo descobre que a Companhia 'ganha demais', começa a 'estudar' e protelar os aumentos necessários nas épocas oportunas, sempre em 'benefício público'; o dinheiro inflacionado nunca mais consegue proporcionar o necessário equilíbrio e, a Companhia... por sua vez se assusta com medo do amanhã e não tem mais coragem de investir novos capitais, necessários ao seu rápido progresso. Cria-se, assim, o círculo vicioso: o desenvolvimento estaciona; tudo fica parado ou caminha em marcha lenta....”
“Acho que todos os governos do mundo, inclinados a intervir na economia privada, deveriam possuir folhetos explicativos, uma espécie de bula de 'Modo de usar' ”, que tratasse diretamente do assunto: “não assuste sua empresa privada, com medo de que ela não produza. Deixe-a pensar que tudo vai bem. Encampe as empresas de surpresa, de um dia para o outro, sem ameaças constantes. Assim elas ficarão bem mais fortes e gordinhas”.
Avisando que o crescimento da oferta de terminais beneficiava apenas uma elite privilegiada, enquanto dezenas de milhares aguardavam na fila, o autor adverte para este ser o caso talvez único no mundo em que “indivíduos, supostamente negocistas, não terem o direito de passar os seus telefones para o nome de outros”.
Era a triste realidade. Se um respeitado carioca “se dirigisse à Companhia Telefônica pedindo para transferir seu telefone para o genro, receberia sumariamente uma recusa. Ninguém pode passar um telefone porque não é um negócio, é uma negociata que precisa ser evitada a qualquer preço”.
E ele se pergunta: como alguém que tenha um automóvel pode vendê-lo, mas um telefone não, por tratar-se de uma negociata? “Se um cidadão procurar um juiz competente e manifestar o desejo de entregar para sempre o filho menor para outro, depois de cautelosas investigações e precauções, o juiz pode concordar em transferir o pátrio poder da criança ao outro. Mas esse juiz dificilmente poderá interferir na transferência de um telefone, independentemente da desistência voluntária, expressa e irrevogável do assinante original.”
No livro “Memórias Sem Maquiagem” (ver resena neste blog), Carlos Machado, boêmio, dançarino, animador e diretor musical do Cassino da Urca, conta o episódio de uma garota de programa do cassino que, prestando serviços a João Goulart teria recebido um apartamento com telefone, na mesma época do húngaro.
A garota em questão “morava num apartamento que não dispunha de telefone. Para simplificar a burocracia indispensável à obtenção deste aparelho, que às vezes tem o dom de falar, Jango mandou instalar um telefone oficial na casa da moça. O problema é que, para encontrarmos o seu número, nunca descobrimos onde procurá-lo na lista telefônica: ‘Procuradoria Geral’, ‘Ipase’ ou ‘IBC’?”
Eu próprio recordo de ter amigos no Rio de Janeiro nos anos 80 que avisavam não procurar seus nomes em listas telefônicas, porque não seriam encontrados.
Curiosa consequência: a demanda é reprimida NÃO pelo preço extorsivo que se poderia esperar de um monopólio cruel, mas pela intervenção do governo ao não permitir que a empresa amplie seus terminais. E, ao fim, com a inflação galopante e as Assembleias Legislativas sendo as únicas responsáveis pela concessão do aumento da tarifa, recusavam todo e qualquer correção que pudesse onerar a população, deixando a companhia telefônica sem condições sequer de fornecer uma manutenção adequada. Espoliadas pela politicagem, terminaram sendo encampadas no episódio de criação da Telebras.
É impossível resumir um livro de crônicas tão rico em cultura brasileira, tão palpável em descrever os meandros psicológicos das interações da vida social carioca. Somente um olhar estrangeiro, carregado de ironia e condescendência pode nos apurar aquilo que passa batido pelos historiadores: o caráter do brasileiro frente as suas instituições. Trata-se de uma literatura perdida, esquecida e que, no entanto, é riquíssima em posturas culturais próprias.
Conta piadas da época, como a do cego que, de óculos escuros e bengala branca, pede esmolas, mas num momento de distração, abre o jornal e começa a ler. Um senhor idoso e respeitável que assiste à cena o interpela indignado:
– “Patife! Você não tem vergonha mesmo. Finge-se de cego engando as pessoas de bom coração!”
– “Perdão, meu senhor” responde o interpelado “eu não sou cego e tampouco vivo neste bairro. Estou apenas substituindo meu amigo, o cego verdadeiro que teve de se ausentar por duas horas”.
O respeitável senhor decide não mais discutir e, dando cinco cruzeiros, faz uma pergunta apenas para fingir interesse:
– “Onde foi o verdadeiro cego?”
– “Volta já. Foi ver a fita do Metro, pois hoje é o último dia”.
Os transportes na cidade do Rio de Janeiro ocupam mais de uma crônica. Sejam os bondes, sejam os ônibus, os trens da Central do Brasil, o que for. Um episódio interessante é o conselho para tomar um táxi na cidade, experiência que passei pessoalmente inúmeras vezes e só me vacinei depois de ler a crônica do húngaro, fato que, por si só, justifica o dinheiro gasto com a compra do livro. Trata-se do seguinte conselho de um homem experiente: nunca se deve dizer o destino final da corrida. Se isto ocorrer, o taxista reagirá de quatro ou cinco maneiras, todas catalogadas por ele e sempre desfavoráveis ao passageiro. O método consiste em sentar no banco de trás, para não dar chance de intimidade, e mandar seguir em frente, indicando as ruas em que deve dobrar. Se o taxista insistir no destino final, não se entregue. Diga que é logo ali, que não sabe o nome da rua, mas que conhece visualmente. É infalível e você não ficará andando por trajetos malucos e nunca antes frequentado, e tampouco sua corrida custará o olho da cara.
É impossível resumir um livro de crônicas tão rico em cultura brasileira, tão palpável em descrever os meandros psicológicos das interações da vida social carioca. Somente um olhar estrangeiro, carregado de ironia e condescendência pode nos apurar aquilo que passa batido pelos historiadores: o caráter do brasileiro frente as suas instituições. Trata-se de uma literatura perdida, esquecida e que, no entanto, é riquíssima em posturas culturais próprias.
Não há nada mais brasileiro do que o conhecimento do tratamento que se deve dar para uma determinada doença. O imigrante húngaro jura que todos os brasileiros são médicos experientes e de uma erudição fantástica no receituário de medicamentos.
“Que dor esquisita! Nunca senti coisa igual. Quem me dizia esta frase era Marly Affonso, moça simpática, morena, funcionária graduada do Ministério da Educação.”
“Poliglota, de grande cultura e instrução, Marly Affonso é quase solteirona, não por falta de pretendentes (ela é assim porque exagera na escolha); é também uma criatura segura de si, sem complexos. Eu a conhecia há muito tempo e nas poucas vezes em que nos encontrávamos sempre conseguíamos um tempinho para um bate-papo. Estávamos parados defronte à repartição e Marly se queixava de uma dor esquisita:
– “O que é que você acha? Uma dor constante.... o que será?” – perguntou ela, em tom confidencial.
“Pode ser que tenha falado um pouco alto demais pois, de repente, uma senhora alta e gorda, de uns sessenta anos mais ou menos, juntou-se a nós.
– “Perdão, minha senhora, – disse ela para Marly, – o que a senhora tem é 'fígado'. Eu também sofria disso mas graças a Deus melhorei muito. Estou quase boa. A senhora tomou alguma coisa?”
“Vim a saber, mas tarde, que aquela senhora se chamava D. Armanda. Marly respondeu prontamente:
– “Não. Nem sei o que tenho. É uma dor do lado.
– “É 'fígado' – disse um senhor calvo, magro e alto que repentinamente juntou-se ao grupo. – Minha senhora, tome Metialcal, duas pastilhas agora e mais duas depois de quatro horas. – E enquanto isso já ia tirando do bolso a caixa do remédio.
– “No caso dela, Medialcal não serve – retrucou D. Armanda . – Só Marovan, trinta gotas durante as refeições, três vezes por dia.
– “Marovan eu não conheço, nunca tomei, – observou o senhor calvo e magro, Sr. Esteves – João Esteves, seu criado, – apresentou-se ele, rapidamente, a D. Armanda. – Quer soletrar, minha senhora? “M-a-r-o-v-a-n. Muito agradecido, vou experimentar. A senhora já tomou Bilutal? Contém iodo e ferro, além de todas as vitaminas, e faz bem ao fígado. Minha filha tomou depois do parto. É um produto novo.”
E segue a crônica do húngaro sobre os conhecimentos infalíveis dos brasileiros nos diagnósticos das doenças, não esquecendo o “rapaz da farmácia”, a quem chama de “o soldado desconhecido das lutas contra todas as espécies de doenças”.
Ocorre que “se D. Mary tiver sorte, as dores aumentarão e, neste caso, irá correndo a um médico. Este mandará que ela tire algumas chapas, embora já as tenha, pois foram tiradas na semana passada”. E conclui: “O brasileiro médio possui mais retratos do seu interior do que Marilyn Monroe em roupa de banho”.
Falando em mania de expor suas doenças como algo tipicamente brasileiro, o assunto também é tratado no livro Bandeirantes e Pioneiros, um delicioso estudo do escritor Vianna Moog dos anos cinquenta onde, em um capítulo fala da doença como uma característica infalível de ...
... “as nossas suscetibilidades, as nossas idiossincrasias, as nossas alergias morais e físicas, os nossos sofrimentos, esses, sim, não temos o menor constrangimento em exibi-los, remirá-los, discuti-los, dissecá-los à luz do Sol. É o nosso fraco. Exibimo-los em nossas palestras, na constância de nossos suspiros, nas erupções de nossos melindres. Porque a pérola é a doença da ostra, não estar doente, entre nós, de alguma doença real ou imaginária, é quase prova de pobreza de espírito, uma falta de respeito para consigo mesmo, tanto o estar doente é, entre nós, a regra geral."
"Exagero? Caricatura?
“Invoquemos honestamente as nossas mesas particulares e as mesas de nossos hotéis, alastradas de frascos de remédio; invoquemos os nossos encontros, as nossas reuniões eriçadas de suscetibilidades. Qual o assunto mais persistente? Política, literatura, negócios, teatro, cinema, futebol? Não. Política, literatura, futebol acabam esgotando-se como temas. Há um assunto porém, que não se esgota nunca, que não falha nunca: doença.
“A conversa está frouxa, não ganha corpo e é preciso animá-la a todo transe? Mas é só falar em doença. Então é o delírio. E a chama dos espíritos, que bruxuleava, a conversa, que se arrastava, reanima-se, e a reunião ganha num instante nova vida, funde novas simpatias, prolonga-se até noite velha, e não termina antes que o último conviva tenha esgotado com luxo de pormenores os seus últimos padecimentos ou a sua última convalescença.
“E nem por muito repetidas deixam estas histórias de provocar o interesse geral. Desde que apareça no fundo de uma cama, debatendo-se entre a vida e a morte, o nosso inevitável enfermo, o êxito está assegurado. Quanto mais ele tiver recorrido a médicos, mais se tiver submetido a exames de laboratório, mais velas acendido a S. Antônio e aos santos do seu hagiológio, mais promessas tiver feito para os parentes e os amigos pagarem, mais passes espíritas levado do seu benzedor ou médium de estimação, tanto melhor.
"O importante é que num dado momento o nosso enfermo tenha estado completamente desenganado ou que haja para os inimigos fundadas esperanças de que ele não se salve. Nisto então deve aparecer o médico ou o curandeiro providencial.
"Examina o doente, tateia, cita ou não cita casos semelhantes, e conclui pela operação. Porque é indispensável haver operação para os efeitos de uma dramatização completa. Faz-se a operação, o doente equilibra-se entre a vida e a morte, reagem as resistências naturais do organismo, e o doente se salva, para reentrar no prosaísmo da vida cotidiana.
“Encha-se este arcabouço de história de pormenores, carregue-se nas tintas nas passagens dramáticas, multipliquem-se as aflições da família e a dos amigos nos lugares adequados, façam-se as mais prolongadas conjeturas sobre as doenças afins e os específicos de cura, no estilo das bulas dos remédios, acentue-se a ciência do médico e a sua dedicação pessoal (não esquecer o ponto das atenções pessoais; isto é particularmente importante, mais importante, por vezes, do que o conhecimento da especialidade), e ter-se-á uma novela falada de êxito tão certo entre nós como o são entre americanos as histórias de 'poor boys', em que tudo termina bem”.
Creio que esta deve ser a razão para os Médicos Cubanos se darem tão bem no Brasil. Com tão parcos conhecimentos, tenho certeza que voltaram para Cuba engrandecidos com nossos exemplos de cura e sintomas, de tratamentos e remédios, passes, orações e sabe Deus tudo o que a doença nos inspira.